sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Iguais, não importa a diferença.


Por mais incrível que possa parecer, chegamos ao século XXI e todas as velhas expectativas são agora descartadas. O sentimento de liberdade ainda é renovado, dia apos dia. Porem não passa de utopia. A liberdade sexual, liberdade eleitoral, animal, a liberdade decidirmos por nós mesmos o que é certo ou errado, o que fazer da vida ou não fazer, com quem casarmos - se casarmos -, aonde ir e de por onde voltar. Ser homem ou mulher, ou nenhum dos dois. Direito de ir e vir livremente, que é ferido pela jurisdição.

Somos rotineiramente oprimidos tanto pela tradicionalidade, quanto pela modernidade dos dias, que deveria ser uma aliada as causas. Digo pela modernidade, porque a cada dia que passa a tecnologia se torna um poder ainda mais forte, por outro lado o poder do povo nunca foi tão nulo. Decidimos nossos representantes sem ter básica educação, nem noção do que é melhor para o povo, e sim pelo que é melhor, para cada um, individualmente.

A palavra homofobia, para um leigo, pode parecer "aversão a homem", assim como, xenofobia significa o medo, ou aversão a pessoas estrangeiras. Porem homofobia é, trocando em miúdos, uma forma de preconceito, inaceitável, às pessoas de bom senso, nos dias atuais. Impedir, ou tentar impedir, que pessoas de um mesmo sexo apaixonem-se, façam sexo, ou seja, felizes, é da pior ignorância possível de se imaginar.

Pessoas que pensam dessa maneira tiram suas idéias dos sagrados livros bíblicos, onde diz, em um deles: "O homem que deitar-se com outro homem, ambos praticarão uma coisa abominável; serão mortos; o seu sangue cairá sobre eles". Levitico 20:13 (18:20). Gays, ou lésbicas, no geral são antes de tudo humanos. Algumas pessoas tendem a denominar isso como doença. Contudo, escolhas como, torcer pra determinado time de futebol, ou partido político, ou mesmo que profissão escolher, são absolutamente normais.

Homossexualismo é uma opção, uma decisão pessoal e uma coisa completamente normal. Amor é para quem quer amar, seja homem com homem, mulher com mulher, ou como você bem entender. Precisamos ser cidadãos não só na hora de cobrar melhorias nas ruas, nos postos de saúde, ou onde quer que seja. Precisamos aprender a aceitar, respeitar e viver com as diferenças, afinal, seu nariz é igual ao meu?

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Palhaços de um circo sem futuro.

Não é mais nenhuma novidade, que o excelentissimo presidente brasileiro, senhor Luiz Inacio Lula da Silva, juntamente com a Santissima Igreja Catolica, pretendem assinar uma proposta de Concordata e assim reformular o ensino publico no nosso país. Como se já não fosse suficiente toda a herança religiosa que recebemos geração após geração - uma herança machista, homofobica, sexista, especista, hereditaria -, ainda teremos que ver nossos irmãos, filhos, primos, sobrinhos, ou nós mesmos, sujeitos a uma verdadeira aula de menospreso com a diversidade.

Sim, eles desejam implantar nas escolas publicas aulas de ensino religioso, como sendo escolas de freiras ou militares. É certo que isso não obriga aluno algum a sentar a bunda fetida na cadeira de uma sala de aula e ouvir coisas que julga desnecessarias para uma formação profissional e até mesmo pessoal. Mas eu pergunto: Em uma terra onde gays não podem viver em paz por culpa de ensinamentos religiosos e pessoas com seus corpos tatuados são condenados a queimar no inferno, por culpa tambem de tais ensinamentos, existe liberdade de escolha?
Pais e mães cristãos, permitirão que seus filhos menores de idade, portanto dependentes, que não assistam aulas que só "beneficiarão" seu futuro como cidadãos?

Em varios países desenvolvidos, como os Estados Unidos da America, essa pratica não foi bem aceita. As religiões são as mais diversas, nos dias de hoje. Temos catolicos, protestantes, temos a Umbanda, candomblé, e outras mais. É simplesmente ridiculo pedir a alunos que retirem-se de suas salas, por preferirem não assistir essas aulas. Todos eles tem direito a toda e qualquer materia dada na sala, ou fora dela, sem a minima restrição. E os ateus como eu? Sim, somos a minoria, porem ainda somos e como cidadãos, temos nossos direitos.

Mais uma vez a Igreja Catolica, representada pelo Vaticano, um estado independente livre de impostos e responsabilidades com o resto do mundo, tentando confundir as cabeçinhas mortais de nós, pobres infelizes brasileiros. Verdadeiros palhaços de uma barca furada, indo direto ao nada.